sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sobre cães e vacas



Ontem, pulando de um canal para o outro enquanto fazia meu lanchinho da tarde, acabei parando no programa do Ratinho porque ele mostrava uma reportagem sobre um abatedouro de cães em São Paulo. Imagens horríveis, sem dúvida. Pior do que ver as imagens é descobrir a mentalidade por trás disso. Tenho certeza de que muitas pessoas viram, sentiram pena dos cães, nojo de pensar em comê-los e raiva dos coreanos por terem tal hábito. Porém, estou certa de que pouquíssimas pessoas (ou nenhuma delas) pararam para pensar que fazem exatamente a mesma coisa todos os dias na hora do almoço, do jantar e no tradicional churrasquinho com os amigos. Veja bem, não estou dizendo que matar e comer os cachorros seja certo, muito pelo contrário. O que estou tentando dizer é que é tão ruim matar e comer um cachorro quanto matar e comer uma vaca, uma galinha, um porco, e por aí vai.
A diferença, pura e simples, foi dita pelo delegado que cuida do caso do abatedouro, Anderson Pires Gianpaoli: “como a carne não tinha procedência, poderia estar contaminada”.
Ou seja, o problema não é a forma como os animais são tratados, e sim o risco que trariam ao homem. Se tivesse o selo da Anvisa, não haveria problemas, não é mesmo?

Imagem: www.zaroio.com.br

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Wish list

Marcelo Tas reúne em livro frases polêmicas e engraçadas de Lula

Só dois exemplos:
"Minha mãe era uma mulher que nasceu analfabeta!"
(8/3/2004, discursando no Dia Internacional da Mulher)


"O governo tenta fazer o simples, porque o difícil é difícil."
(17/6/2004, na 1ª Conferência Nacional do Esporte)

Vai para Wish List djá!!!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Isso é que é velocidade!!!

Vejam as duas notícias que figuravam lado a lado na Folha de hoje (clique na imagem para aumentar):






Preciso dizer alguma coisa?
Pirataria é o futuro!

terça-feira, 31 de março de 2009

Bloody bastards!

Viciei em Life on Mars nos minutos iniciais. A história de Sam Tyler, policial que sofre um acidente e volta para os anos 70 sem saber se realmente está vivendo no passado ou se está em coma, foi o que me atraiu de início, além, claro, da trilha sonora. Mas quem roubou minha atenção e me fez virar fã mesmo foi o DCI Gene Hunt, vivido por Philip Glenister. Hunt é o típico policial brutamontes, preconceituoso e mandão, mas é impossível não se apaixonar por ele. Lógico que na vida real não gostaria de ficar perto de um sujeito assim nem por um minuto, mas como posso resistir a esse valentão com sotaque britânico?



O seriado original da BBC ainda teve um spin-off chamado Ashes to Ashes, no qual sai o policial Sam Tyler e entra a policial Alex Drake, que é mandada direto para os anos 80. A trilha sonora é ainda melhor e o visual exagerado característico da década completa o pacote. Claro que meu policial-fetiche favorito continua na trama.

O que me deixou triste foi ver a chamada, neste fim de semana, de Life on Mars no Canal FX e notar que não era o mesmo seriado que eu vi, e sim a refilmagem norte-americana. Eu sei que muitos seriados britânicos acabam sendo ganhando uma versão americana. Algumas vezes até prefiro a refilmagem (Michael Scott, I love you!), mas olha o que fizeram com MEU Gene Hunt!


Harvey Keitel no papel de Gene Hunt

Quero MEU Gene Hunt de volta!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Brinde desnecessário

Oi, pessoas!

Depois de uma semana conturbada no trabalho e em casa, finalmente tive um tempinho para postar. E lá vou eu reclamar. Sim, eu reclamo muito, mas o essencial é reclamar e fazer algo para mudar a situação, e não ficar fazendo discursos inflamados em pontos de ônibus, filas de banco e elevadores. Se as pessoas ficassem indignadas e fizessem algo a respeito, o mundo não seria essa ‘maravilha’ que é. Principalmente nosso amado povo brasileiro, que é cheio de blablabla mas, no fundo, não se importa com nada além de futebol, carnaval e subcelebridades.

Pois bem, a reclamação de hoje é contra a falta de responsabilidade ambiental (ou seja, a boa e velha falta de noção). Hoje fui até a Marisa (a loja) comprar uns itens básicos de vestuário (leia-se calcinhas e sutiãs). Se você já comprou lingerie nessa loja já deve ter reparado que essas peças vêm em pequenos cabides plásticos, que você leva para casa. Sabendo que jogaria os cabides no lixo e que isso seria um total desperdício, pedi à moça do caixa para retirá-los e disse o motivo. Nisso ela diz que não estava autorizada a retirar as roupas dos cabides e que eu poderia fazê-lo, mas que os cabides seriam jogados fora de qualquer jeito. Como assim? São cabides de plástico! Por que não usá-los novamente?



Óbvio que são perguntas demais para a pobre moça que só estava fazendo seu trabalho, mas não me conformo. Em plena moda ambiental (que não tem nada a ver com moda, apenas com a pura e simples lógica aplicada à população que não para de crescer e aos recursos que estão cada vez mais escassos) eu sou obrigada a ouvir isso?

Cheguei em casa e mandei um e-mail para o SAC da Marisa, questionando esse absurdo. Vamos aguardar a resposta...
Bjo!

Imagem: Ciram

quinta-feira, 5 de março de 2009

Ah, a Igreja...

ATENÇÃO! Este texto é de cunho religioso e pode ofender os fiéis mais fervorosos e medievais. Se este é seu caso, não prossiga.
Não diga que não avisei...


Acho que todo mundo já deve estar sabendo do caso da menina de 9 anos, de Pernambuco, que estava grávida de gêmeos porque havia sido estuprada por seu padrasto. Pois bem, como se apenas a frase acima não fosse suficiente para chocar, o negócio fica ainda pior: a garota era abusada desde os 6 anos e que o Arcebispo do local excomungou os pais da menina e os médicos envolvidos no aborto, que obviamente foi feito dentro da lei, pois era caso de estupro e risco de morte.

Eu já disse aqui e repito que a cada dia que passa a Igreja Católica perde mais fiéis, justamente por realizar atos tão descabíveis quanto a referida excomunhão. Que me desculpem aqueles de alma mais elevada e os que acreditam no poder divino ou na justiça dos homens, mas eu sou uma pessoa cética e, em casos de estupro, não há desculpa, não há perdão, não há julgamento na Terra ou no Céu. Sei que pode parecer barbárie (e talvez seja) mas, nesses casos, nada me parece mais justo do que o famoso “Olho por olho, dente por dente”. Prisão perpétua, cadeira elétrica, câmara de gás, injeção letal, Dia do Julgamento... nada disso é o suficiente, simplesmente porque em grande parte das vezes o lixo que faz esse tipo de coisa não se arrepende e, ainda por cima, só faz isso porque ataca vítimas muito menores e mais fracas que ele. Assim é fácil, não é mesmo? Por que não se garante e vai bancar o machão dentro da cadeia? A primeira coisa que fazem é dar uma de coitadinhos e pedir cela especial. E as vítimas? Tiveram chance de escolher alguma coisa?

Enfim...pior do que esse tipo de lixo, só aquele que se julga acima do bem e do mal só porque usa batina. Veja bem, quem excomunga as pessoas não é Deus; são os padres, bispos, arcebispos, papas e sei lá mais quem. Só uma perguntinha: quem deu esse poder a eles?



Sem contar a hipocrisia e o comércio em que transformam a fé.
Mas sobre isso eu falo outro dia.

*A minha parte favorita é quando o infeliz diz: “A Igreja, então, é muito benévola, quer dizer, sobretudo, com os menores”. Ah! Benevolência sem fim...

Para ler ouvindo: Titãs – Igreja

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Isn't it ironic?



O céu ficou negro. A tempestade era iminente. Ela apressou-se e andou o mais rápido que pôde. Conseguiu pegar o metrô antes dos pingos começarem a cair. Em sua estação destino, acelerou mais uma vez. Lembrou-se da faxineira. Precisava passar no mercado e comprar pão. O cheiro de chuva ficava mais e mais forte. Agora, ela quase corria. Não adiantou. Faltando um quarteirão para o mercado, o toró desabou. Parecia uma ducha com jato turbo-max. Estava tão perto que não compensava abrir o guarda-chuva. Ledo engano. Entrou ensopada no mercado, deixando um rastro por onde passou. Comprou os pães, o queijo, o presunto que a faxineira tanto gosta, o chá verde que ela mesma aprecia. Não conseguiu usar o dinheiro, que se desfazia dentro da carteira molhada. Pediu, sem graça, que a moça do caixa secasse seu cartão de débito, que pingava. Colocou as compras na sacola e esperou. E esperou. E esperou...Os raios e os trovões não cessavam. Sendo ela uma pessoa impaciente, cansou de esperar. Abriu o guarda-chuva só para proteger o pão, afinal ela parecia ter saído de uma piscina. Saiu, deixando para trás as pessoas mais pacientes que aguardavam uma trégua no dilúvio. “Só mais alguns quarteirões e já estarei em casa”, pensou. Entrou no saguão molhando tudo e formando poças enquanto esperava o elevador. Chegou em casa pegando a toalha e correndo para o banheiro. Despiu-se, jogando a roupa encharcada dentro do box. Abriu a torneira e só o que obteve foi o barulho do encanamento rangendo de tão seco...

“And isn't it ironic... don't you think?
A little too ironic… and yeah I really do think...”


Foto: Estadão

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Ensaio Sobre a Cegueira

Ontem tive uma experiência surreal que fez com que eu me sentisse parte do filme “Ensaio sobre a cegueira”. Sabe aquela parte em que as pessoas saem do confinamento e começam a andar às cegas tropeçando no monte de lixo? Então... era eu tentando sair do prédio em que trabalho.

Que a escada da saída de emergência não seria útil em caso de incêndio eu já sabia, pois já a conhecia de outros carnavais (leia-se impaciência após esperar o elevador por mais de 10 minutos). As pessoas não se preocupavam muito com questões de segurança antigamente (e pelo jeito, hoje em dia também não).

Eu trabalho no 13o andar de um prédio antigo, no centro de São Paulo. A escada da saída de emergência não é como as de hoje, com degraus retangulares e uniformes e com um patamar quadrado para se descer com cautela. É uma escada antiga, com degraus triangulares (aqueles que são mais estreitos de um lado do que do outro) e que vão descendo em caracol.

Pois bem... ontem faltou luz no edifício e, na hora de ir embora, lá fui eu para a tal escada. Quando chego lá, a escada era uma penumbra total. Havia luz de emergência só no corredor, mas não na escada. Toca abrir a mochila e desenterrar o celular, que não ajudava muito, mas era melhor que nada. Para completar, o pessoal da faxina, na falta de lugar melhor para armazenar o lixo até a hora de colocá-lo na rua, decidiu que a escada era um local apropriado. Ou seja, desci 13 andares no escuro total, tentando não escorregar nos degraus bem calculados e ainda tive que pular alguns sacos de lixo.

Em caso de emergência, o jeito é usar essa saída:

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O Brasil é o país do futuro

Este país cada dia me dá mais “orgulho”.
A Folha publicou segunda (09/02/09) só mais um atestado de mediocridade do nosso povo brasileiro: Dos 214 mil professores temporários que fizeram uma prova classificatória para cargos na rede estadual de ensino em São Paulo, 3 mil tiraram nota 0. Calma! Vou repetir para confirmar que não foi erro de digitação TRÊS MIL professores tiraram Z-E-R-O! Ou seja, não acertaram NENHUMA questão da matéria que ministram ou ministrarão. Como se isso não bastasse, tais “professores” não poderão ter o cargo contestado, isto é, não são concursados, não sabem nada do que deveriam ensinar e mesmo assim vão continuar espalhando sua ignorância por aí.
O que se poderia esperar de um povo que elege (2 vezes!) um presidente que se orgulha de não ter estudado?

É só mais uma notícia "Sad But True"...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Foi apenas um sonho



Ontem assisti “Foi apenas um sonho” (Revolutionary Road), um dos concorrentes ao Oscar 2009. Muitas pessoas vão ao cinema para ver o par romântico Leonardo DiCaprio + Kate Winslet, esperando encontrar um romance juvenil como aquele retratado em Titanic. Eu não gosto de filmes de amor "água com açúcar" e detestei Titanic. O que me levou a ver o filme foi justamente o resumo da história: casal em crise tenta resgatar sonho de adolescente, mas tem de encarar a realidade. Não vou dizer muito sobre o filme, só que:
* Michael Shannon, indicado como Ator Coadjuvante – nem preciso ver os outros concorrentes. Já ganhou. Seus poucos minutos em cena fazem o filme.
* A realidade angustiante por trás da perfeição do “American way of life”
* DiCaprio, que na época do Titanic eu achava bem feinho e mau ator, tem subido muito no meu conceito e parece estar aprendendo a atuar
* Kate Winslet – Adoro essa atriz. Mas olhando para ela percebi o quanto os atores envelheceram nesses 10 anos, o que me faz pensar o quanto eu pareço mais velha
* Ótimo filme. Mas não vá se estiver depressivo ou se quiser continuar acreditando que um príncipe encantado virá te salvar.
* O filme é um legítimo representante do conceito “Sad But True”.


Fotos retiradas do Adoro Cinema

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O que eu sempre quis saber, mas não tinha a quem perguntar

Você também é do tipo que se irrita com o blá-blá-blá repleto de gerundismos do pessoal de telemarketing? E se esse pessoal avançasse na carreira e assumisse postos de diretoria e gerência, deixando o gerundismo um pouco de lado, mas abraçando um discurso empolado cheio de palavras bonitas e vazias?

Pois é... o primeiro caso é mais conhecido pelo público em geral. O segundo só afeta os pobres coitados que têm que ler, interpretar e adivinhar o que esse povo de negócio quer dizer em documentos sem pé nem cabeça. Infelizmente, tenho que conviver com os dois tipos.

Quem me conhece sabe que um dos meus hobbies é vagar pelas seções de auto-ajuda e de negócios coletando pérolas na forma de títulos de livros. Na minha opinião, as duas seções poderiam formar uma só, já que, salvo raros casos, é literatura sem conteúdo. Qualquer pessoa com o mínimo de bom-senso sabe o que está escrito nesses tipos de livros. Todos nós sabemos o que fazer, ninguém precisa nos ensinar esse tipo de coisa. Só não fazemos porque temos preguiça ou medo.

Enfim... livros de negócios, além dos títulos esdrúxulos, são pedantes. É como se cada autor tivesse descoberto a eletricidade. Sendo assim, pessoas que leem esse tipo de livro tendem a ser igualmente arrogantes e sem senso crítico (estou generalizando, OK?). Tudo para ter sucesso!

Semana passada comecei a ler um livro dessa área que me chamou a atenção por causa do título: Por que as pessoas de negócio falam como idiotas? Gente, isso é tudo o que eu queria saber e não tinha a quem perguntar! Será que é um defeito genético? Uma aberração cromossômica? Uma mutação causada pelo uso excessivo do celular?






Lógico que não. São só pessoas que não pensam por si mesmas, que querem tanto atingir metas que não percebem o que falam. A única coisa que fazem é copiar modelos sem nunca analisá-los.

O legal é que o livro dá exemplos reais extraídos de documentos de grandes empresas e dá dicas do que fazer para melhorar a comunicação. Vou colocar aqui parte de um dos exemplos de Dialeto Corporativo, só para ilustrar:

“Já que o alicerce de um portfólio informatizado de uma agência é sua infra-estrutura, cabe a um conselho administrativo versado em TI elevar ao nível de empreendimento as decisões de infra-estrutura. Historicamente, as gerências de informática têm tido dificuldade em atrair a atenção dos executivos para essa questão crítica, porque a infra-estrutura é geralmente descrita em termos de componentes tecnológicos, e não em termos de aptidão empresarial. O propósito de construir uma infra-estrutura empresarial informatizada é permitir o compartilhamento de informação e de recursos dispensiosos, ao mesmo tempo em que se cria um mecanismo para prestação de serviços e economias de escala no nível transunitário.”


E aí? Entendeu a mensagem? Contou quantas vezes foi usada a palavra infra-estrutura? Identificou as clássicas palavras-chave do mundo corporativo, que geralmente são usadas livres de significado?


Tem muitas outras coisas legais que gostaria de comentar, mas hoje vou parar por aqui.

Até mais!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Oi, gente!

Fui para a Liberdade por volta das 11:30 porque não queria perder a chegada do dragão e a dança dos leões. Eu sou louca por dragões, então todo ano eu vejo e todo ano eu me emociono.

Acredita-se que os dragões trazem boa sorte as pessoas, que é refletida em suas qualidades que incluem o poder, a dignidade, a fertilidade e a sabedoria. A aparência de um dragão é assustadora e audaciosa, mas tem uma disposição benevolente, e se transformou algumas vezes então num emblema para representar a autoridade imperial.
Minhas fotos dos dragões não ficaram muito boas. Eles são rápidos!

Além dos dragões, há os leões. A dança do leão é realizada geralmente como uma cerimônia para exorcizar espíritos maléficos e para invocar sorte e felicidade.



Outra parte que me atrai na festa são as comidas. Sempre tem barraca de algum templo, e isso significa deliciosas comidas vegetarianas. Comi uma espécie de esfiha de tofu com espinafre, dois espetinhos de soja, quibe de soja. Tudo uma delícia. Pena que este ano não teve a barraca de um chá com algas (tipo gelatina) que comi no ano passado e é tudo de bom.
Como queria algo diferente para beber, acabamos dando uma passadinha na Itiriki Bakery, famosa padaria chinesa/japonesa/coreana da região e finalmente tomei o pobá de chá verde. Pra quem nunca tomou, é um chá ou suco batido com umas bolinhas que parecem gelatina. A aparência é esta:



Apesar do pobá de chá verde ser bom, gosto mais e recomendo o de inhame, que é rosinha como o da foto.

E, resumidamente, foi isso. Na verdade ainda fiquei andando por muito tempo pelo centro, fui até a Galeria do Rock, fiz bolhas nos pés, mas vou encurtar a história e parar por aqui.

Bjo e até a próxima!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Exemplos

O Bom
Arnold Schwarzenegger nem deu tempo para que Obama se acomodasse na presidência e já foi enviando uma carta, pressionando o novo presidente dos Estados Unidos para aprovar limites mais baixos de emissão de gases do efeito estufa na Califórnia. Uma resolução aprovada por Bush em 2007 impede os estados de definirem índices de emissão de gases de forma independente.

Leio coisas desse tipo e me pergunto, titio Arnold (Me recuso a escrever esse sobrenome monstro porque vou errar, com certeza. Colei uma vez, mas não vou colar de novo), um ator limitado, mas que fez blockbusters suficientes em Hollywood para manter uma vida confortável, precisaria se envolver em política? Não. Mas se envolveu. E quando eu digo que se envolveu quero dizer que participa ativamente, não como uns e outros sujeitos nesse nosso Brasil varonil que querem se envolver em política só pelas regalias do cargo. Titio Arnold deu a cara pra bater, lançando sua candidatura e vencendo as eleições para governador da Califórnia pela primeira vez em 2003. Um ator governando um dos estados mais importantes dos EUA? Piada...talvez alguns tenham dito à época. No entanto, titio Arnold fez bonito, tanto que foi reeleito. E o cara é tão durão quanto o Terminator que interpretou. Ou vocês acham que é pra qualquer um tocar no assunto “Aquecimento Global” e exigir que as montadoras (dos EUA ainda por cima) cortem as emissões de poluente em 1/3 até 2006?
Fonte: Folha Online
O Mau
A Suprema Corte da Itália ratificou a decisão do Vaticano, que em 2005 anulou um casamento porque o casal havia utilizado preservativo. O casal em questão tinha medo que a mulher engravidasse porque o marido sofre de Síndrome de Reiter, doença reumática conhecida como artrite reativa que pode ser acompanhada de outras inflamações (olhos, colo do útero, uretra, intestino, pele e mucosas), que poderia ser transmitida para a mulher e para um futuro filho.

Para a Igreja, práticas que impedem a procriação podem invalidar um casamento religioso. O Vaticano perdeu mais uma chance de ficar calado e não se meter onde não é chamado. Mostrou novamente que vive na Idade Média e que, ao contrário do que adoram propagar, a vida humana não tem importância. Livre arbítrio então é uma coisa que adoram exaltar, mas na prática querem exterminar.
Depois não sabem porque “os jovens” cada vez mais se distanciam da religião, principalmente do catolicismo...

Fonte: G1


P.S. Depois eu posto sobre o Ano Novo Chinês. Não queria dizer nada, mas é que não sei onde foi parar o cabo para baixar as fotos.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Festa!!!

Este fim de semana tem comemoração dupla: Chegada do Ano Novo Chinês e Aniversário de São Paulo.

O aniversário da cidade, que completa 455 anos, este ano não contará com o tradicional bolo que a cada comemoração aumentava um metro. Os patrocinadores decidiram não bancar mais o quitute, já que não querem mais ficar associados à bagunça generalizada e falta de civilidade das pessoas que avançam sobre a guloseima e acabam com tudo em segundos.

Eu, particularmente, sempre achei isso uma nojeira sem igual. É triste saber que um evento tão legal nunca teve a chance de ser realizado como se deve e que por causa disso foi abolido do nosso calendário. Povo imbecil, é isso que dá.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Já a Chegada do Ano Novo Chinês será comemorada pela 4a vez na cidade. Na virada do dia 25 para 26 tem início o Ano do Boi (ou Búfalo). Especialistas na área dizem que o boi representa um ano de trabalho árduo, que promete bons frutos para quem dedicar e botar a mão na massa.

Até a Disney entrou na comemoração:

Por aqui as comemorações começam no sábado por volta do meio-dia e vão até o finzinho do domingo. A programação completa está lá no site.
Depois eu conto como foi.
Feliz ano novo!
E parabéns aos paulistanos da resistência!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Da série "Frase Infeliz"

Diretamente do G1:Das duas uma: ou foi uma frase extremamente infeliz ou os cientistas já conseguiram a proeza de fazer um homem engravidar e eu não estou sabendo.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Catraca Livre

Esta semana vi um anúncio no metrô do site Catraca Livre, que traz a programação cultural da cidade. Resolvi dar uma olhadinha e não perdi a viagem. É um site bem feito, produzido por alunos de jornalismo que, em parceria com a Uniesp, saem por aí buscando tudo o que a cidade tem de melhor na área cultural e divulgando. Ah, o mais importante: as opções apresentadas são de graça ou têm preço popular e abrangem, na medida do possível, os quatro cantos desta metrópole interminável, e não só os pontos mais conhecidos que ficam em lugares privilegiados. Há para todo gosto: teatro, cinema, shows, exposições, etc. Eu virei fã! Vou até deixar o link permanente aí ao lado para divulgar. Está sem grana, mas a fim de um programa legal? É só passar por lá que a catraca é livre!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Para começar bem

“Oficialmente, deveria haver comida na escola: um programa do governo previa a distribuição de três rotis, daal amarelo e picles para cada garoto na hora do almoço. Eu, porém, nunca vi nem pão, nem guando, nem picles, e todo mundo sabia por quê: o professor roubava o dinheiro do nosso almoço.
E tinha uma desculpa perfeitamente legítima para fazer isso, pois dizia que não recebia seu salário há seis meses. Ia iniciar um protesto pacífico para recuperar os salários atrasados: não faria absolutamente nada na sala de aula até que o cheque do seu pagamento chegasse pelo correio. Mas, ao mesmo tempo, tinha pavor de perder o emprego, porque, embora os salários de qualquer funcionário público na Índia sejam baixíssimos, há inúmeras vantagens indiretas. Um dia, chegou à escola um caminhão trazendo uniformes que o governo tinha mandado para nós; nunca vimos nenhum deles, mas, uma semana depois, lá estavam aqueles uniformes à venda no vilarejo vizinho.
Ninguém censurava o professor por fazer essas coisas. Não se pode esperar que um homem mergulhado num monte de bosta cheire bem. Todos na aldeia sabiam que teriam feito exatamente a mesma coisa se estivessem em seu lugar. Alguns tinham até orgulho dele, por conseguir se safar com tanta dignidade.”
[pág. 32-33]

Soa familiar, não? Se não fossem alguns pequenos detalhes que indicam que ação se passa na Índia, e não no Brasil, poderíamos perfeitamente deduzir que é apenas mais um caso de desvio de dinheiro público que ocorre tão freqüentemente que ninguém se importa mais. Na verdade, o trecho faz parte de um livro ótimo que ganhei de natal e já devorei.


Assustadoramente familiar e semelhante à realidade brasileira. Afinal, corrupção, exploração da miséria e falta de perspectiva não diferem muito de um país para outro, não é mesmo?

Quem quiser pode ler um pouco mais no site oficial, onde há ainda o que se disse sobre o livro na imprensa, papel de parede e informações sobre o autor.